Rota 343 Entrevista: Francisco, pré-candidato ao cargo de vereador de Floriano

Hoje, nosso portal traz mais uma de uma série de entrevistas com pré-candidatos da eleição 2020.

Neste domingo (21), o Rota 343 traz mais uma entrevista do ‘Especial Eleições 2020’. Nos próximos finais de semana, traremos entrevistas com os pré-candidatos ao cargo de Prefeito e de Vereadores do município de Floriano (PI). Os participantes responderão as mesmas perguntas, com a finalidade de não haver favorecimento para nenhum dos pré-candidatos por parte de nosso portal.

O entrevistado desta semana é Francisco Alves, de 48 anos. Natural de Floriano, ele foi funcionário da Casa de Saúde Dr. Sebastião Martins por cerca de 13 anos. Desde 1991, ele atua em questões sociais no município, sendo presidente de bairro e também presidente do Movimento dos Trabalhadores Circulistas Brasileiros.

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Confira abaixo a entrevista com Francisco, que será candidato ao cargo de vereador, pelo Partido Democratas:

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Por que você decidiu se candidatar ao cargo de vereador?

“Decidi ser candidato porque estou cansado de ouvir o clamor da sociedade por políticas públicas na área social, na saúde, na educação, na geração de emprego e renda e na questão fundiária de Floriano. Muitas pessoas são posseiros, mas não são proprietárias dos terrenos, e a prefeitura até hoje não legalizou. Já tenho tentado essa questão da legalização fundiária no meu bairro Santa Rita. Floriano precisa de uma lei complementar de legalização fundiária, pois desde 2011 já existe uma Lei Federal, e está a cargo dos municípios fazer essa lei complementar e até hoje não foi feito. Pretendo também atuar na área da geração de emprego e renda, também na questão cultural de Floriano, que ao longo dos anos vem se fragmentando, perdendo seu referencial.”

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Que tipo de mudanças você acha mais urgente que ocorram em Floriano atualmente?

“A mudança mais urgente é fazer uma descentralização da administração pública, colocando administrativos em quatro regiões: norte, sul, leste e oeste, para que possa se facilitar o acesso da comunidade e também que o prefeito aplique alguns recursos justamente para aquilo que é recebido. A receita que é recebida para iluminação pública, que seja aplicada na iluminação pública, aquilo que é arrecadado no IPTU, que seja aplicado na limpeza, e não destinado para outra finalidade. Com isso Floriano vai ter um recurso bem administrado na questão da limpeza e iluminação pública. Só assim vai ter uma geração de renda e emprego. Também, Floriano teve em 2010 uma lei aprovada na Câmara, só que na época foi aprovada e não sancionada, porque quando gera despesa precisa ser mandado pelo Executivo para a Câmara e por isso não foi sancionada, que é o Pro Limpeza, que era para que os bairros pudessem gerir, pudesse fazer a gestão da limpeza e iluminação pública dos bairros. Dessa maneira, Floriano ia avançar no desenvolvimento, na limpeza, na iluminação pública e ia gerar renda nos bairros.”

Como você enxerga a situação do fomento do esporte na nossa cidade, considerando que há o Corisabbá na cidade, mas está apenas na Série B do Estadual?

“Uma maneira de fomentar o esporte em Floriano é desvincular o esporte da cultura, que são duas pastas em apenas uma secretaria. Criar uma lei de incentivo ao esporte, que já está até evoluindo essa lei, que é a Lei do Pompéia, mas até agora não tem nada definido, e buscar recursos em outras esferas, como na questão federal, na questão privada e também nas instituições filantrópicas que financiam projetos de esporte.”

Que tipo de medidas poderiam ser tomadas para a geração de emprego no município?

“A única maneira de geração de emprego e renda em Floriano é partindo do Poder Executivo, dando incentivo as empresas, para que elas se instalem em Floriano. Tem as economias solidárias também, mas isso depende muito dos capitais estaduais, federais e municipais, os vereadores apenas apresentarão as leis, mas ninguém sabe se isso pode ser feito em Floriano, porque o interesse dos políticos de Floriano é manter as pessoas sem emprego, que é para que elas fiquem alienadas ao poder público.”

Você sabe quais são os postos de saúde em funcionamento em Floriano? E na questão de exames básicos, você acha que está satisfatório, atendendo as necessidades da população, ou considera que precisa de grande melhoria?

“Em funcionamento, os postos aqui que ainda fazem os exames básicos são o posto Paulo Martins, o posto da Taboca, o posto da Manguinho, o posto do Bosque, o posto da Sambaíba, são esses que eu sei que fazem os exames básicos.”

De que forma poderia acontecer o aproveitamento das águas do rio Parnaíba, considerando que temos nove meses sem chuva?

“Primeiro, fazer uma revitalização de riachos de Floriano, plantação de mata ciliar para que esses afluentes e nascentes possam continuar vivas, usar de maneira sustentável as águas do Rio Parnaíba. É dessa forma que eu vejo. Só replantando a mata ciliar é que essa água pode ter um destino certo. É preciso criar um comitê de bacias hidrográficas para a gestão dessa água.”

O que poderia ser feito para contribuir de forma permanente e constante para o desenvolvimento das atividades rurais existentes em Floriano?

“Criar leis que possam captar recursos para a questão rural, com projetos de irrigação, projetos de capitalização de recursos para a plantação de várias culturas agrícolas, criar uma comissão de gestão desses projetos. Também fornecer técnicos agrícolas para pequenos e médios produtores rurais.”

Foto: Arquivo PessoalFrancisco Alves

Que ações poderiam ser realizadas para melhorar os índices de educação das nossas escolas?

“Criar um atrativo para que os jovens possam frequentar as aulas, como criar projetos que liguem os jovens as questões digitais, projetos que incentivem o gosto a educação. Implantar nas escolas, junto com as matérias já existentes, matérias novas, de incentivo aos jovens, como a cultura e o esporte.”

Como incentivar os alunos a gostarem de estudar, visto que hoje temos muitos atrativos eletrônicos, que muitas vezes afastam as crianças de livros, etc?

“A questão da leitura, poderia criar bolsas escolares, premiando esses jovens na questão da leitura, para que as crianças possam ter um incentivo à leitura. Como tem o Facebook, WhatsApp e outros meios digitais pra eles entreterem, poderia criar entretenimento voltado para a leitura.”

Você acha que o Mercado Central poderia atender a população de forma mais satisfatória?

“O mercado poderia sim atender as pessoas de maneira mais satisfatória, abrindo a parte de cima, que foi fechada, era a parte de verduras. Também colocando um gestor técnico, que dê uma melhorada no mercado, na limpeza, na estrutura, lá quando chove molha tudo e os feirantes as vezes tem até prejuízo com goteiras, as instalações elétricas também não está lá essas coisas.”

Você está por dentro da prestação de contas do município? Sabe no que o dinheiro da cidade está sendo investido?

“Eu queria muito estar participando, mas há muitas coisas que ficam obscuras, e isso cria uma certa dúvida na gente de estar acompanhando, porque nunca é de maneira transparente. Até uma informação que você pede, no ofício tem que citar a lei de acesso à informação, porque se não for dessa forma, eles não liberam a informação pra você. E, o que está no Portal da Transparência, não é tudo que é gasto em Floriano de maneira correta, tem muitas coisas a serem esclarecidas. A única forma de você ter uma participação efetiva é com a criação do orçamento popular, ou orçamento participativo, vamos assim dizer.”

O que você considera necessário para que um político faça um bom trabalho em seu cargo de prefeito/vereador?

“Trazer a população pra dentro da Câmara dos Vereadores. Abrir as portas da Câmara e convidá-los, fazer sessão itinerante nos bairros, fazer duas sessões por mês nos bairros, ouvir a população, conhecer o clamor da população, o que é melhor para a população, para que a partir disso possa ser elaborado leis que amparem essa população, que beneficiem essa população.”

O Rota 343 aproveitou a entrevista para falar sobre um assunto que, de certa forma, está se tornando polêmico: o novo coronavírus. A pandemia, que afeta Floriano e o restante do mundo, tem causado muitas opiniões divergentes, pois com ela, além da doença, outros problemas vieram à tona, como problemas econômicos. Confira as respostas do pré-candidato Francisco Alves:

Qual sua opinião sobre o fechamento do comércio?

“Eu acho que, em partes, o prefeito e o governo do Estado acertaram, mas que foi fechado cedo, muito cedo. Quando foi fechado, não tinha nenhum caso em Floriano, os casos que apareceram depois foram de cidades vizinhas. O que devia ter feito antes, era fechado as fronteiras dos estados, para que pessoas que viessem de outros estados não entrassem, também de cidades que estavam com índices bem alto de casos. O comércio deveria ter tomado vários cuidados no início e ai não fechado no início. Teria tomado algumas medidas antes e fechasse se aparecesse algum caso. Mas, foi necessário o comércio fechar, pois assim manteve o isolamento social.”

Qual sua opinião sobre o isolamento social?

“É o único remédio que nós temos para combater a pandemia. As políticas públicas não estão sendo aplicadas de maneira adequada, como na questão do auxílio, alguns segmentos, algumas classes, como os músicos, quem trabalha com cultura, com esporte, muitas categorias ficaram fora desse benefício, e com isso elas estão tendo dificuldades em manter o isolamento. É necessário o isolamento social, pois é a única forma de combater a pandemia no momento.”

Que tipo de medidas você tomaria para ajudar no combate a pandemia?

“Valorizar melhor os profissionais de saúde, formar equipes que fossem até os bairros para tentar testar um maior número de pessoas. Dinheiro teve para fazer isso, faltou foi gestão.”

Você sabe o montante a mais que Floriano recebeu para combater o coronavírus? Você percebeu o investimento desse valor?

“Floriano recebeu em abril, R$ 149 mil para aplicar em Atenção Básica do coronavírus.”

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