Arquivo Pessoal

José Osório Filho

Advogado e professor. Especialista em educação, direito administrativo, direito público, direito civil, direito penal e processo penal.

FELICIDADE

A felicidade é uma sombra que possui início e fim, a tristeza não passa e sempre aparece em nossas vidas. No entanto, a saudade é a mais invisível e cruel, machuca, mata e rabisca nossos sentimentos, como se a vida fosse um pedaço de papel. 

Virão dias alegres e tristes, onde o sol e o vento cantam e embalam a vida. Vou regar a fascinante flor, uma rosa de cravo cheia de odor, um perfume tão essencial que só é encontrado na superfície de um verdadeiro amor.

Observo o vento, onde podemos enxergar uma pluma lavada pelo ar, ela carrega a felicidade e os alísios não deixam ela estagnar. Precisa andar, possui vida breve, vai embora, dificilmente você o reecontrará, esse é o sentido da vida, que se transforma em momentos, que aparecem uma ou mais vezes e não mais voltarão.

A felicidade é igual a pétala de uma flor, brilha no orvalho e, depois de oscilar, cai como uma lágrima de amor. Ela é sublime, delicada,  possui todas as cores e diversos sentidos de indiferentes amores, tem sentimento e sensibilidade, ela é tão completa que faz parte da saudade e penetra no coração enfeixando uma paixão. 

Qualquer pessoa pode enxergar a felicidade, há dias em que podemos sonhar e amar, a vida é o desejo de uma existência plena, mas também pode ser o medo de amar e de se decepcionar. Existem várias idades para uma pessoa   ser feliz, somente nessas fases da vida cada um pode se imaginar, desde que tenha energias para fazer planos e amar.    

Todos podem recriar a vida, mediante sua própria imagem e semelhança. No entanto, nessa fase entre a idade e o tempo, os dias se passam e juntos com eles vão embora a felicidade e a idade. Mas, a idade não se sentirá assim e muito menos a felicidade, nenhuma das duas são iguais. Embora sintam-se próximas uma da outra, elas não se sentem, quem sentem somos nós, quando elas nos deixam e não voltam mais.

Eu não sei o que sinto, se posso chamar de felicidade. Para falar a verdade, nem  sei o que quero sentir, não sei o que penso nem o que sou. Verifico que, tantas vezes alegre, tantas vezes contente, estou sempre triste e irrita-me a felicidade de muitos, que vivem sem saber que são infelizes.

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