Arquivo Pessoal

Dina Paraguassú

Enfermeira, especialista em Saúde Pública e em Saúde do Trabalhador. Poetisa e compositora.

Boneca de trapo

Ouvimos histórias dos nossos antepassados

Onde ser mulher era estar condenada

A ser propriedade, um objeto, uma boneca de trapo

Apesar do tempo, às vezes acho que tudo está parado

Sei que houve mudanças, mas ainda temos que lutar

Que quando o sol nascer, eu possa acreditar

Que eu posso ser o que eu imaginar

A minha cor, eu devo pintar, escolher a vida que eu quero levar

Parece fácil, mas não é

Viver a vida de uma mulher

Sei que posso escolher a música que quero dançar

Mas sempre pisam no meu pé, tentando me parar

E se o meu corpo estiver pesado

O meu cabelo encrespado

As marcas de sol no meu rosto suado

Sofro as consequências do preconceito velado

Lembro muito bem da minha tenra infância

Da minha mãe, eu era a princesa, a mais linda criança

Recebi todos os mimos e cresci com segurança

Não aceito preconceito, sou mulher, sou esperança

Esperança de mudanças, onde o ser mulher, é ser capaz

Que todos tenhamos direitos iguais

Onde o sexo e a cor                                                     

Sejam a conjugação do amor

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