Daniel Alves consegue liberdade provisória após condenação por estupro

Após ser condenado por estupro na Espanha, Daniel Alves aguarda liberdade provisória enquanto a polêmica sobre sua condenação e as decisões judiciais continua. A advogada da vítima, Ester García, criticou a decisão da Justiça de conceder liberdade provisória ao ex-jogador brasileiro, afirmando que "está sendo feita Justiça para os ricos".

Em sentença publicada nesta manhã, os juízes da Audiência Provincial de Barcelona aceitaram deixar Alves em liberdade provisória sob fiança de 1 milhão de euros (cerca de R$ 5,4 milhões), enquanto a defesa aguarda a sentença definitiva.

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A condenação de Alves, em fevereiro, foi por quatro anos e meio de prisão pelo crime de agressão sexual, após ser acusado de estuprar uma mulher em uma boate em Barcelona. A defesa recorreu da sentença e solicitou que o brasileiro aguardasse a deliberação final em liberdade.

Os juízes impuseram condições rigorosas caso a fiança seja paga, incluindo a proibição de se comunicar com a vítima e a obrigatoriedade de comparecer regularmente ao Tribunal de Barcelona.

Apesar da decisão, a liberdade provisória não tem relação com o julgamento do recurso à sentença original, que ainda está em curso. A defesa de Alves não se manifestou sobre o pagamento da fiança até o momento.

Daniel Alves está atualmente preso no presídio de Brians 2, localizado a 40 quilômetros de Barcelona, onde possui uma residência. Sua mãe, Maria Lucia Alves, celebrou a decisão nas redes sociais, enquanto ela mesma enfrenta um processo por ter divulgado supostas imagens da vítima, violando a ordem judicial que proíbe a identificação da denunciante.

Uma sentença anterior aplicou a Daniel Alves uma pena reduzida de quatro anos e meio de prisão devido a um atenuante por reparação, considerando os 150 mil euros pagos pelo jogador à vítima antes da sentença final. Esse valor, doado pela família de Neymar, expressou uma "vontade reparadora", conforme determinação do tribunal.

Destaques da matéria

• Daniel Alves aguarda liberdade provisória após condenação por estupro na Espanha.
• Advogada da vítima critica decisão da Justiça, alegando que "está sendo feita Justiça para os ricos".
• Condenação de Alves foi por quatro anos e meio de prisão pelo crime de agressão sexual.
• Juízes impuseram condições rigorosas para liberdade provisória, incluindo proibição de comunicação com a vítima.
• Decisão de liberdade provisória não afeta julgamento do recurso à sentença original.
• Pena de Alves foi reduzida devido a atenuante por reparação, incluindo pagamento de 150 mil euros à vítima.