Associação Atlética Corisabbá comemora 50 anos de fundação

Águia de Floriano foi fundada no dia 24 de maio 1973 com a fusão de duas equipes amadoras.

50 anos, não são 50 dias. Ao longo desse meio século de fundação, o time da cidade de Floriano (PI) resiste e continua escrevendo sua história para as novas gerações. Na última quarta-feira (24), data de fundação do Alvinegro da Princesa do Sul, o clube recebeu homenagens nas redes sociais. Atualmente, o legado construído nos anos 70 permanece vivo na memória, se tornando uma herança repassada ao longo das gerações.

Foto: Reprodução/Imagens de ArquivoAssociação Atlética Corisabbá (1975).
Associação Atlética Corisabbá (1975).

A Águia de Floriano surgiu com a fusão de duas equipes amadoras da cidade: o Corinthians, da Rua 7, e o Posto Sabbá, da Manguinha. Ao se profissionalizar, em 1991, o Cori participou pela primeira vez do Campeonato Piauiense, figurando na elite do futebol estadual ao lado de equipes já tradicionais no Piauí. Na primeira participação como time profissional, o Corisabbá terminou o campeonato na oitava colocação, com 70% dos atletas formados na cidade de Floriano.

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Ao longo dos anos e com o trabalho realizado nos bastidores do time, o Cori conquista o ainda inédito título de campeão estadual de 1995, em duelo contra o Caiçara. Nos anos seguintes, o clube permaneceu na ponta da tabela sendo vice-campeão nas edições de 1996 e 1998. O Alvinegro também chegou a disputar a Série C do Campeonato Brasileiro, nos anos de 1995, 1996 e 1998. Porém, o reconhecimento nacional veio com a emblemática participação na primeira fase da Copa do Brasil, em 1996, ano seguinte ao título estadual. O confronto ficou marcado pela vitória do Corisabbá por 1x0, contra o então campeão brasileiro, o Botafogo-RJ. O gol que deu a vitória para o time florianense, no jogo de ida, foi marcado por Antônio José Ferreira dos Reis, o Bitonho. 

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Foto: Reprodução/Arquivo PessoalCorisabbá(1994).
Corisabbá(1994).

Em entrevista ao Rota 343, Bitonho, que iniciou no time aos 18 anos de idade, falou sobre o significado de fazer parte desses 50 anos de história. "Para mim é muito importante porque eu fui revelado para o futebol brasileiro através das cores do Corisabbá", contou.

Diretor Social do Corisabbá de 1991 a 1998, César Augusto de Antônio Sobrinho relembra o árduo processo para tornar o time de Floriano profissional.

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"Foi uma batalha ferrenha, durou o ano de 1990. Os diretores iam 1, 2 ou até mais vezes por mês na Federação Piauiense de Futebol para formalizar o time na elite do futebol piauiense. Eu vi in loco as dificuldades em todas as áreas: financeira, deslocamento, alimentação, folha de pagamento, casa do atleta, mesmo assim com todas dificuldades a diretoria tinha como objetivo principal a conquista do primeiro e até agora único título de Campeão Piauiense de Futebol para Floriano. Com isso, vejo que Corisabá é uma marca importante para a nossa querida Princesa do Sul".

Foto: Arquivo PessoalEdilson Pereira de Souza, ex-atleta do Corisabbá (1991-1998).
Edilson Pereira de Souza, ex-atleta do Corisabbá (1991-1998).

Ex-atleta do clube, Edilson Pereira de Souza atuou pelo Cori enquanto time amador e como profissional. O ex-jogador também defendeu as cores do clube de Floriano na Série C ao longo de duas temporadas. Segundo Edilson, mesmo fora dos gramados, ele segue acompanhando o time do coração. "Pra mim foi uma história que ficou e vai ficar marcada nesses 50 anos do clube. Sempre estou acompanhando as notícias e espero que não deixem esse patrimônio se acabar. Que os gestores da cidade deem mais incentivo e os empresários apoiem esse clube que é reconhecido nacionalmente. Fico grato por tudo que fiz pelo Corisabbá, sempre com espírito de vencedor", comentou. 

Os próximos 50 anos 

As novas gerações de torcedores conhecem o Corisabbá através dessa história. Os anos de glórias, com título e participações em competições nacionais são revelados através das memórias, tornando uma herança que é repassada pelos que viram com os próprios olhos a história acontecer. Mas o que o jovem torcedor tem visto agora? O que as novas gerações de alvinegros podem fazer para manter viva a essência do Corisabbá?

Aos 19 anos, Laiene dos Reis se descreve como apaixonada por futebol. Natural da cidade de Floriano, a estudante revela que a paixão pelo Cori surgiu através das histórias contadas pelo pai. "Desde criança que ouço falar do Corisabbá, meu pai acompanhou de perto o ano glorioso de 95 e sempre me contava como era aquela época e isso despertou em mim um amor  pelo Cori. Quando fui assistir a um jogo pela primeira vez senti arrepios e tive certeza que eu amava a Associação Atlética Corisabbá", afirmou a estudante.

Na história recente, com a base, a agremiação participou da Copa São Paulo de Futebol Jr. O time principal do Corisabbá coleciona ainda um retorno à elite do futebol piauiense: em 2016 o time foi rebaixado para Série B do campeonato estadual, conseguindo o acesso em 2021. Em 2023 a Águia de Floriano lutou para evitar novo rebaixamento, chegando a travar batalhas nos tribunais. Na disputa deste ano, o time terminou em sexto lugar na tabela, com 13 pontos conquistados.

Foto: Reprodução/Arquivo PessoalCorisabbá - Campeão Piauiense (1995).
Corisabbá - Campeão Piauiense (1995).

Natural do estado do Maranhão, Dilvan Feitosa Barros chegou ao Corisabbá no ano de 1995. O zagueiro carregava a faixa de capitão do time campeão estadual. Agora, como um ex-atleta e parte dessa história, Dilvan revela o desejo de voltar a ver o clube sendo campeão.

"Hoje como ex-atleta do Corisabbá o que a gente espera é que o time retorne as suas origens, retorne a disputar títulos do campeonato piauiense, retorne ao cenário brasileiro. Então o que a gente espera como torcedor nato dessa equipe do Corisabbá é que ele retorne do lugar de onde nunca deveria ter saído, que é disputando de igual pra igual com qualquer equipe do futebol piauiense e até mesmo do futebol brasileiro", enfatizou o ex-jogador. 

Foto: Reprodução/ge Piauí/Weslley DouglasSTJD marca julgamento de recurso do Corisabbá para quinta-feira (27).
Associação Atlética Corisabbá comemora 50 anos de fundação.

Presente nas arquibancadas desde os 10 anos de idade, o torcedor Nilson Rocha da Silva acompanhou o time da Princesa do Sul até mesmo durante o amistoso realizado para inauguração de refletores no estádio Tiberão. O motorista cobra investimento para a formação de uma equipe mais competitiva para os próximos anos. "Como torcedor espero mais incentivo do poder público e privado, futebol é caro, se não houver um incentivo fica difícil fazer um time competitivo pro campeonato e voltar a sonhar com um título de Campeão Piauiense. Espero que ainda sejamos campeões, porque o povo de Floriano gosta de futebol e a torcida não ia faltar ao estádio", finalizou.

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