Arquivo Pessoal

José Osório Filho

Advogado e professor. Especialista em educação, direito administrativo, direito público, direito civil, direito penal e processo penal.

A ROSA

          

                                                                                                

Não  amo a Rosa secretamente, tanto quanto a flor de um jardim, a amo de forma espontânea, com o mesmo segredo do amor, que não  sinto por mim.

Vejo as flechas de um topázio, ou de um cravo e o amor que se propaga de forma invisível. Amo a Rosa vegetal, desisto de amar a Rosa que possui alma humana, em razão de ser uma sombra que me maltrata e me engana.  

Um dia  descobri a razão da própria ilusão, por esse motivo é melhor amar uma planta do que insistir no amor do teu coração. Teu amor nunca existiu, foi uma farsa utópica da imaginação, concordar com o sentimento de uma inexistente paixão.

Ouvi atentamente a Rosa humana, tive ciúmes e sofri de dor, vivi sem pudor. Mas hoje não tenho afeto  e o mal já passou. O sentimento despertou as maldades humanas e nunca mais me enganarei com outro amor.  

A Rosa humana não possui sentimento, castra os sonhos e abala qualquer  sensibilidade, ferindo o mais precioso princípio ético e educacional, portanto, é mais conveniente conviver com a Rosa espinhosa, que exala o puro perfume da existência da terra, do que esperar o amor se resguardar no manto ilusório, aguardando  o tempo suplantar a dor.

A Rosa a qual eu amo, é uma essência que produz aroma na superfície de uma  flor, não me traz desalento, só me mostra paz, carinho e odor, é a mais sublime acepção do sentimento do verdadeiro amor.     

                            

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