Arquivo Pessoal

José Osório Filho

Advogado e professor. Especialista em educação, direito administrativo, direito público, direito civil, direito penal e processo penal.

A DOR DA ALMA

Minha alma sente uma dor...que ninguém nunca sentiu, não é dor de amor, mas é a pior dor, um tormento interno que acaba com meu âmago e destrói meu interior. Essa dor só eu sinto, não sangra, não exala e muito menos se propaga, minha dor é a causa dela, ninguém ouve ou fala, ela não morre aumenta e se espalha, machucando meu espirito com uma dor do tamanho do infinito.


Que seria aventurar, perder meu corpo, ou perder a dor, caso contrario morrer aos poucos com a dor e o corpo, sinto que é melhor perder o corpo que nada significa, e a dor pode ficar com a alma, e padecer com outras dores que o corpo desconhece, pois esse após a morte apodrece.


Minha alma vive com uma dor dentro do peito escondida... uma dor sepultada tenta consolar a vida. Meu espirito quer me matar, e ao mesmo tempo quer me dar vida...horas vivo triste ou contente, não quero saber da vida e muito menos da alma humana que se diz gente.


Meu espirito pode escrever versos mais tristes, bucólicos e diabólicos: “Como, por exemplo, o povo possui almas de belzebus”, a sociedade humana é o espelho de Lúcifer na terra, já que aqui é o inferno criado pelos próprios humanos, berço da maldade e de tudo que pode acontecer de ruim, os bandidos administram as coisas públicas e são louvados e homenageados, enquanto isso o trabalhador é sacrificado e humilhado.


Posso escrever outros versos mais tristes, que falam de amor e conjugam o verbo da dor: Eu amei-a, mas ela nunca me amou. Tantas vezes beijei o céu infinito no desejo de ouvir sua voz, ou pelos menos sentir seu calor, nada disso adiantou o tempo passou, a vida tende a se findar e com ela resta a dor que a alma levará...


Lembro-me de tua boca longa e os olhos fixos a me olhar, posso escrever tudo sobre minha alma, mas não posso te perdoar, primeiro porque não tenho tamanho poder, e depois porque vou ti esquecer e nunca mais vou lembrar de você.

Ouvir a noite imensa, e fico a delirar vejo tantas almas doentes, que não consigo dormir e passo a imaginar, que mundo é esse que vim habitar, não tenho um amor e nem vou conseguir amar, minha dor da alma será eterna e pode ser vista em meu olhar, meu coração é uma matéria que depende da alma para pulsar, e com ela doente eu não vivo, sou a sombra de um ser a vegetar ...

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